Aconteceu nesta última quinta-feira 17/11 na Câmara Municipal – Auditório Prefeito Ferdinand Freitas – localizado na Rua Robert Freitas Júnior (Bob Freitas) Nº 1214 centro, as 09 horas da manhã uma Plenária em ocasião da Semana Municipal da Consciência Negra, dando cumprimento a Lei Municipal 1.406/2021 de autoria da vereadora Yarema Alves.
A plenária teve como tema “Os Avanços nas Políticas Públicas voltadas às mulheres negras no cenário nordestino, contou com a participação de várias autoridades, alunos e sociedade civil.
Teve como coordenadora do evento a Vereadora Yarema Alves e palestrantes a Jeovana Vilarindo que é Presidente do coletivo Cabelos de Axè, Professora e Ativista do Movimento Negro de José de Freitas, Izabel (Mâe Bel de Osun) MNU (Movimentos Negro Yabas – Movimentos de Mulheres Mãe de Santo de Umbanda – Delegada do Movimento das Mulheres – CPMT, Movimento Mulheres do PT e Maria Paula que é Policial civil e contadora.
Participaram da plenária; Milena Craveira (advogada e Assessora Jurídica da Procuradoria da Mulher), Maria do Livramento – Mentinha Alves (professora, Radialista e artista), Maria da Cruz Soares Lira – da Secretaria de Mulheres do STTR (sindicato dos Trabalhadores e Trabalhardoras Rurais de José de Freitas, Sandra Maria Pinheiro dos Santos – Secretária da Juventude de José de Freitas, Maria de Fátima Gomes das Neves Pinto – Secretária de Assistência Social de José de Freitas (SEMAC), Yellen Karen Nunes – SCFV (Coordenadora do Serviço de Convivência de vínculos), Paulo Craveiro – professor e Blogueiro – representando SEMED (Secretaria Municipal de Educação), Francisca Fernanda F. de Araújo (sociedade civil), Maria do Livramento P. do Nascimento (sociedade civil), Janete Gomes dos Santos – AACS (Associação dos Agentes Comunitários de Saúde) e vários alunos do IEVEC (Instituto Educacional Vespasiano de Carvalho).
Desenvolvido 3 (três) temáticas como Segurança, Saúde Mental e Trabalho, muito proveitoso o encontro para a sociedade freitense e seria mais importante ainda se tivesses tido maior participação da população para poder conhecer e defender a igualdade racial na sociedade brasileira.
Segundo dados do SISEJUFE (Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no Estado do rio de Janeiro), publicado em 20/11 de 2021 por ocasião da Semana da Consciência Negra no Brasil, diz que o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 15 anos a proporção de negros encarcerado no cresceu 14% enquanto a de brancos diminuiu 19%. O percentual da população preta detenta perfaz o total de 66,7%, segundo dados disponibilizados até o ano de 2019. Dado corroborados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pelo Infopen (Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias).
O Brasil tem a terceira maior população prisional do mundo são mais de 750 mil pessoas atrás das grades, vivendo em condições insalubres e em espaços superlotados, sujeitos a facções criminosas e à violência do Estado (…).
De Acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por exemplo, os negros representam 70% da população abaixo da linha da pobreza. Por outro lado, apesar dos pretos e pardos serem maioria no Brasil, há uma pública e notória sub-representação destes segmentos raciais entre líderes e equipes nas empresas, juízes e políticos.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínuo (PNAD Educação 2019), 71,7% dos jovens fora da escola são negros, e apenas 27,3% destes são brancos. O mesmo estudo demonstra a desigualdade de acesso à educação nos índices de analfabetismo. Em 2019, 3,6% das pessoas brancas de 15 anos ou mais eram analfabetas, enquanto entre as pessoas negras esse percentual chega a 8,9%.
Tudo isso tem nome: racismo estrutural – cujo marco inicial é o fato de o Brasil ter sido a última nação do mundo ocidental a abolir a escravatura sem criar nenhuma condição para a inserção digna da população negra na sociedade. Ao contrário, história oficial incorpora a fábula de que este país tropical era um paraíso mestiço em que as diferentes etnias conviviam em harmonia.
Fonte: SUSEJUFE